domingo, 13 de abril de 2008

Duma e Kira - achadas no lixo.

Essa é a Duma, uma siamesa de olhos verdes, na verdade sialata, ela e a Kira (essa branquina linda) foram encontradas por mim numa caixa de papelão no lixo em frente a uma veterinária numa casa de raçao, neste dia eu estava indo lá para que a veterinária retirasse os pontos da castração do meu Ikki, as encontrei por volta das quatro da tarde, assim que eu vi uns moleques mexendo na caixa de papelão com uma delas nas mão, não pensei duas vezes, resolvi socorrer os dois filhores, a Kira foi devolvida para a caixa por um dos moleques de um jeito bem brusco (foi jogada dentro).

Retirei as duas de dentro da caixa, e as levei para a veterinária que me disse que aqueles filhotes estavam desde as oito da manhã miando, me revoltou ouví-la dizer isso, como um veterinário que tem como missão cuidar dos animais pode deixar os filhotes lá expostos ao sol para morrerem? Quando a inquiri sobre a sua falta de humanidade ela veio com essa: "Pra que tentar cuidar? Eles vão morrer mesmo."

E o pior de tudo: Os filhotes estavam com umbigo e restos de placenta, a pessoa que os jogou nem ao menos deixou a gata retirar a placenta, um horror.
Nem levei o Ikki para retirar os pontos com ela, desisti, peguei os filhotes e coloquei no bolso da minha blusa de moletom.

A data em que eu as encontrei: 23 de agosto de 2001.

Cuidei delas, dei primeiramente a receita de suscedânio, depois comprei leite em pó para filhotes, elas mamavam como crianças recém nascidas, de duas em duas horas, coco e xixi eram feitos somente com o meu auxílio, eu tinha que massagear a área do ânus, pois filhotes só defecam com o auxílio da mãe gata normalmente. O Ikki já as adotou de cara, me ajudava com pequenas lambidas para ajudá-las a defecarem. Elas dormiam numa caixa de isopor com uma bolsa de água morna envolta em toalhas, pois os filhotes de gatos precisam do calor da mãe para sobreviverem. Eu dava banho nelas a cada três dias com uma mistura de água morna, alcool e vinagre para substituir as lambidas da mãe. (O Ikki só as lambia quando queriam defecar)

Fiquei nesse cuidado com elas por quinze dias, logo que abriram os olhinhos, começaram a fazer suas necessidades por si mesmas e já aprenderam a usar a caixinha de areia.

A Duma pensava que era gente ela não miava, a Kira ficou com as patas curtinhas, um docinho e por coincidência era idêntica ao Ikki, como um espelho, as mesmas manchas só que em lado contrário. Com 45 dias elas começaram a comer ração para filhotes e cresceram saudáveis.

Hoje estão com sete anos cada e continuam saudáveis e felizes.

1 Comment:

Unknown said...

Oi, lindo e emocionante o trabalho e dedicação com a Duma e Kira. Não dá para respeitar pessoas que não respeitam seres tão sem maldade, ainda mais veterinários que fizeram um juramento. Papai do céu lhe dará recompensas pela sua bondade e carinho com estas criaturas.
Beijos.
Cris

 
Andréa Cisne 2009